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sábado, 31 de março de 2012


"Talvez eu seja 
O último romântico
Dos litorais
Desse Oceano Atlântico..." ♫
(O último romântico - Lulu Santos)


Eu sou um daqueles poetas bobos, sentados na entrada do café com um guardanapo e uma caneta bic. Um chocolate, por favor, porque é preciso adoçar as palavras para arrancar suspiros de corações apaixonados e sorrisos das mocinhas que passam, a espera de um amor. Eu gosto disso - ser sempre o poeta, nunca a inspiração. Estar nos bastidores, contar as histórias.

Ninguém liga para os contadores de histórias. São sempre os príncipes e as princesas em busca do seu "felizes para sempre" em cavalos brancos como a neve. Nós, os poetas,  nos alimentamos dos detalhes, das miudezas. O sorriso puro da mocinha ao encontrar seu cavalheiro, o desvio envergonhado dos olhos, o encontro suave dos dedos, dos lábios, dos corpos. A beleza escondida sutilmente em cada curva e nos cabelos soltos ao vento,  nas bochechas cor de rosa de ansiedade ou ciúmes.

Poetas são eternos observadores. Vivemos da adoração ao sentimento alheio, e por vezes o roubamos para nós, decifrando cada detalhe, cada gesto, cada suspiro leve como as notas arrancadas de um violão. Nada se iguala às sensações que passam do mundo exterior para dentro de nossas almas, e dali fluem para a ponta da caneta, entrelaçando-se em versos infinitos. Em qualquer lugar do mundo, jamais inventaram beleza equiparável à de uma poesia em construção. Os sentimentos mais doces são registrados pela alma do poeta. Deixe fluir.

P.s.: I love you ♥

Um comentário:

  1. Nhaaaw, o meu favorito do blog até agora. Você tem mesmo alma de poeta. @_@

    Let it flow... \o/

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